As Usinas de Pelotização tem como função a produção de pelotas de ferro, que são esferas endurecidas de metal com alta concentração de ferro. Nesse post, tentarei explicar o processo de forma resumida e ilustrada.
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Usina de Pelotização (em branco = usina existente; colorido = usina nova) |
A unidades recebe a polpa do minério concentrado, que passa primeiramente pelo Espessador de Concentrado, onde o percentual de sólidos da polpa é elevado através da sedimentação das partículas. A polpa densa é direcionada para os Tanques de Homogeneização e em seguida para a Filtragem, onde é retirada a água utilizada no transporte. O produto que sai da Filtragem, chamado de Pellet Feed, é encaminhado para o prédio do Roller Press (prensa) através das correias transportadoras.
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Espessador de Concentrado e Tanques de Homogeneização |
No Roller Press, o Pellet Feed é prensado ao passar entre dois rolos, com o objetivo de aumentar a área da superfície das partículas minerais. Em seguida o material segue até o prédio da Mistura (lembrando que todo movimento do material entre os prédios se dá através das correias transportadoras), onde será armazenado em silos e posteriormente misturado com outros materiais como o Calcáreo, Carvão e aglomerantes para criar condições favoráveis a formação das pelotas durante o processo de Pelotamento.
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Prédio da Mistura
(as telha azulada é padrão e garante o isolamento térmico) |
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Correias Transportadoras (ou transportadores de correia) |
O material é novamente encaminhado por correias transportadoras até o prédio do Pelotamento, até ser depositado nos Discos Pelotizadores, nessa etapa a mistura sofre um rolamento em sentido circular, até formar as pelotas cruas. Em seguida essas pelotas passam por mesas de rolos (uma espécie de peneira), onde as de tamanho ideal seguirão para o prédio do Forno e as rejeitadas voltam para o prédio da mistura para serem reaproveitadas.
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Prédio da Pelotização (abaixo a esquerda) |
No prédio do Forno, as pelotas cruas recebem um tratamento térmico que proporciona a resistência física e mecânica final apropriada. Ao entrar no forno, as pelotas com diâmetro entre 8 e 18mm alimentam os "carros grelha", uma espécie de esteira que passa ao longo do forno. Dentro do forno, as pelotas passam por alguns processos como o de Secagem: onde a água contida nas pelotas é evaporada; Pré-queima: onde as pelotas são expostas a temperaturas entre 500 e 900 ºC, Queima: as pelotas são expostas as temperaturas de 1000 a 1380 ºC; e Resfriamento: onde as pelotas são resfriadas por um fluxo ascendente e intenso de ar atmosférico.
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Prédio do Forno (sem cobertura para visualização interna) |
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Carro Grelha |
Ao sair do Forno, as pelotas são encaminhadas para o prédio do Peneiramento, nessa etapa e feito o ajuste final eliminando-se as pelotas com granulometria inferior a 6,3mm. As pelotas passantes são encaminhadas para o pátio de estocagem e empilhadas através das Empilhadeiras, e as pelotas que não passarem pelas peneiras, voltam para o prédio do Forno e servirão como camada de forramento para os carros grelha.
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Empilhadeira |
Por fim, as Recuperadoras retomam as pelotas das pilhas para o processo, encaminhado-as para o porto onde será feito o carregamento dos navios.
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Recuperadora |
Basicamente esse é o processo de uma usina de Pelotização, comentem a vontade e compartilhem também.
Quanto a Maquete: as imagens são de minha autoria e referentes a duas usinas diferentes, as duas estão sendo construídas atualmente, não divulgarei os nomes das empresas por questão de ética profissional.
O tempo para modelagem foi algo em torno de 20 a 30 dias cada (mas pode variar de acordo com o comprometimento e o nível de interação do profissional com o software), utilizei o Google SketchUp 3D, software de modelagem que esta sendo muito utilizado ultimamente. Falarei mais sobre as maquetes em geral nas próximas postagens.
Voltarei em breve com novos posts e novos assuntos.
Até mais.